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sábado, 19 de maio de 2012

A DICA DE MARIA






A  DICA  DE  MARIA





“Façam o que Ele disser...”



Nasce o pensamento: “E, se a instituição eclesiástica romana começasse a seguir a orientação de Maria???”. Pois, somente alguém totalmente cego não consegue enxergar que a mesma se distanciou e se distancia das sugestões de Jesus de Nazaré (e – perdão – talvez sempre mais). Desejo ser claro: há muitas irmãs e muitos irmãos que, ou individualmente ou em grupos (‘católicos’ e ‘não católicos’), procuram mergulhar na sua mensagem de vida e amor, e vivê-la. Seja me permitido repetir: estou me referindo à instituição. E, aliás, a partir da ‘grande’ instituição mundial, também, às instituições menores (internacionais, nacionais, regionais e locais) que surgiram e ‘se inspiram’ nesta. Façamos a pergunta: “Todas essas instituições respondem ao convite de Maria, ‘servem’ à dica dela?”.

E mais uma pergunta: “Todas essas instituições oferecem condições mínimas para pôr em prática o que Maria sonha e, em primeiro lugar, condições humanas que hão de ser o alicerce para ser e crescer?”. Compreendemos facilmente a tese de Vicente de Paulo que afirma que o irmão que morre de fome, precisa – antes de mais nada - de uma partilha de pão; somente alimentado, ele terá condições de ouvir nossa ‘pregação’.

Mesmo sabendo que cada comparação claudica, pode-se afirmar que as pessoas hão de ser humanas para poder ser, por exemplo, bons cristãos, bons pais, bons médicos, bons padres, etc. Como Jesus foi humano! Como Helder Camara foi humano! Nossas instituições (não somente as religiosas!), compostas por seres humanos, são, tantas vezes, tão desumanas! Dói constatar que se apaga ‘o humano’, inúmeras vezes ‘culpando’ a vontade de Deus para – na verdade – manter e até fortificar estruturas de poder e tradições vazias.

Durante o Mês Mariano, muitas mulheres e muitos homens no Nordeste do Brasil relembram Maria. A religiosidade popular prepara com zelo e vive com entusiasmo celebrações carinhosas em homenagem à ‘Nossa  Senhora’. Não seria o caso de, ao lado destas expressões festivas, também espalhar, alto e bom som, “Façam o que Ele disser”? Não tenho dúvidas: Maria, feliz com os aplausos, viverá alegria mais profunda! Outra firme certeza: quanto mais pessoas aceitam e vivem – de verdade – a dica de Maria, tanto mais possibilidade de mudança em estruturas e instituições existe... E, recordando que nosso Deus é um Deus que deseja vida e que Jesus afirma que veio para que todos tenham vida, é certo que a vida ganhará em qualidade!



João Dubar

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