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domingo, 29 de setembro de 2013

Aborto em Cuba

opinião

Aborto em Cuba

POSTADO ÀS 20:38 EM 26 DE SETEMBRO DE 2013
Por Assuero Gomes, especial para o Blog de Jamildo
O aborto livre em gestações de até 21 semanas da concepção é tido como uma conquista da revolução cubana, desde os primeiros
anos da década de sessenta (1965), para a liberdade das mulheres. Realmente, Cuba é o primeiro país da América Latina e o único, por enquanto, a permitir livremente essa prática.
Médicos cubanos realizam, em média, 37 abortos para cada 100 mulheres que engravidam. O aborto é visto como um método contraceptivo comum em Cuba. Quando uma mulher está grávida e vai fazer sua primeira consulta, o médico cubano lhe pergunta tranquilamente: “¿te lo vas a sacar o te lo vas a dejar?” Y la mujer cubana sabe que tiene derecho a decidir (tu vais tirar ou tu vais deixar? E a mulher cubana sabe que tem o direito de decidir).

Muitas delas quando dão à luz o primeiro filho já passaram por mais de cinco abortos. O médico cubano é doutrinado na filosofia marxista-leninista, claramente ateia e materialista, tendo no seu curso médico de quatro anos, seis meses de doutrinação específica.
Todos sabem da simpatia que setores do governo federal do Partido dos Trabalhadores têm pela liberação da prática do aborto livre, como opção exclusiva da mulher, e que tal só não foi definitivamente implantado no nosso país devido à pressão das pessoas e famílias cristãs e de partidos ligados aos católicos e evangélicos. Como estava em jogo a reeleição, temo que, logo após outubro do próximo ano, com a estabilização de milhares demédicos emédicas cubanos, seja deflagrada uma campanha para legalizar ato tão abominável.

Cumpre que os cristãos de diversas confissões fiquem atentos. Alertem-se os padres, pastores, diáconos, animadores de comunidades, ministros da Palavra e o Povo de Deus em geral. Existem em funcionamento na ilha 240 clínicas de aborto. Cerca de 21% de todas as mulheres cubanas entre 15 e 54 anos de idade, já praticaram pelo menos um aborto e isso é considerado um mecanismo de controle de natalidade e um bem para a saúde pública.
A consciência de que o aborto é um ato contrário à vontade de Deus e aos costumes mais essenciais da vida humana, é tão antiga quanto a própria humanidade. O Juramento de Hipócrates a contempla: “A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva.

“O Brasil é um país tremendamente desigual. A área da educação, base de todo desenvolvimento civilizatório humano é relegada a quarto ou quinto plano, a saúde também. Isso nos torna um país abortivo no sentido de matarmos as esperanças do povo desde a primeira infância. Não precisamos importar ideologia nem bases de apoio logístico para torná-lo mais abortivo ainda. Oficialmente abortivo.
Postado por Danielle Carvalho |

domingo, 8 de setembro de 2013

Não adote uma criança


 
 
 
 
 
Não adote uma criança.

 

São tantos motivos que pessoas têm para adotar uma criança. A realização de uma satisfação pessoal em constituir uma família completa, do desejo de ser mãe ou pai, de ajudar uma criança abandonada, de satisfazer o companheiro ou a companheira, de ter alguém para ajudar quando da velhice, alegrar a casa.

São tantos os detalhes da escolha. A criança tem que ser recém-nascida, tem que ser branca, ou morena bem clarinha, de preferência de olhos claros, azuis se possível, saudável, ter cabelos lisos, loiros se possível. Saber se a mãe era viciada em drogas, era doente, era uma mulher vadia, porque abandonar o próprio filho...

São tantas as angústias e incertezas. A criança tem bom instinto? O que será quando crescer? Será que quando ficar grande será gente de bem? E se ficar muito diferente de nós, o que os amigos vão dizer? E se tornar um marginal? Vai se revoltar contra a gente quando souber que não é filho legítimo? E se a mulher engravidar depois? É melhor esconder ou dizer a ele quando crescer que é adotado?

São tantos os arrependimentos. Era doente, é terrível na escola, cheio de problemas de relacionamento. Revoltado com os pais adotivos. Toma droga. Os primos não aceitam. Só se envolve com jovens problemáticos. Só quer saber de nosso dinheiro. Quer conhecer os pais biológicos, não quer saber de religião, fez tatuagens, usa piercings, namora com quem não presta, por causa dele meu marido me deixou e arranjou outra.

Ufa! Quantos problemas.

Observando ao longo de anos, as famílias que adotaram filhos, suas alegrias e desventuras, seus anseios, seus problemas reais e virtuais, as vicissitudes, os arrependimentos, os orgulhos, as realizações, os afetos e os desafetos, permito-me algumas reflexões.

Quando um casal procura adotar uma criança traz consigo ora um sentimento de certa frustração por não ter podido biologicamente gerar um filho, ora traz mais escondido ainda, um questionamento a Deus: por que nós? Pior ainda, ao procurar uma criança carrega inconsciente a responsabilidade da escolha, o que não ocorre com um filho biológico, pois não os escolhemos, é “escolha de Deus”. A exigência consigo mesmo é muito maior. O medo de errar, o medo de educar, é multiplicado exponencialmente. Aí os sentimentos de frustração, de culpa, de medo, de ansiedade, tolhem ou abafam a simples alegria de estar e cuidar de uma criança. Empobrecem demais a riqueza que uma criança proporciona na vida de cada um, dando sentido à própria Vida.

Pudesse eu aconselhar a esses pais eu diria “não adotem uma criança, adotem um filho”.

Mergulhem na mística viagem que é ser pai e mãe, procurem um filho, aí nessa hora vocês enxergarão na criança que procuram, independentemente de sua aparência ou situação, ou do que há de vir, enxergarão um filho ou uma filha, então o resto passa a ser secundário. E a Vida passa a ser o essencial.

 

Assuero Gomes


Médico e escritor

sábado, 7 de setembro de 2013

Médico e paciente, paciente e médico, esses permanecem

 
 
 
 
 
                                                                             
 
 
Médico e paciente, paciente e médico, esses permanecem
A tempestade passa, os devaneios eleitoreiros, os desvios, as entrelinhas, os caminhos escusos, os porões, tudo passa. Governos e campanhas passam. Agressões, ataques à imagem, conspirações e demandas políticas tudo é passageiro.

O médico e o paciente, o paciente e o médico, esses permanecem.

A nação brasileira tem pouco que se orgulhar de seus políticos, mas muito dos seus médicos e médicas, muito. Quem esteve e quem está e estará sempre junto ao sofrimento, à dor, ao desespero, e também na alegria do nascimento, para aliviar, ajudar e cuidar é o médico.

O médico brasileiro vem sofrendo uma cruel e insidiosa campanha por parte do governo, para destruir sua imagem junto à população. Acintosa e vergonhosa campanha, com a finalidade escusa e sombria de colocar a categoria como responsável pelo abandono da saúde do povo brasileiro.

Faz-se necessário, e urgentemente, a união de todos nós, para que esse imenso patrimônio moral que possuímos, não seja vilipendiado por motivos tão torpes.

Uma campanha de resgate da admiração e do alto conceito que a população sempre teve pela classe médica, essa é nossa proposta e nossa meta imediata, como resposta à atual condição a que estamos sendo submetidos.

Juntos, sempre!

Assuero Gomes
Médico e Escritor