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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

O momento da Igreja





O momento da Igreja

Estamos vivendo um momento ímpar da Igreja.
Lutamos há muito tempo para que o modelo centralizador imperial de administração dessa milenar instituição mudasse. Questionávamos sempre a figura do papado e seus títulos herdados do Império Romano. Pensávamos que a mudança deveria vir da base, do Povo de Deus  como resto de Israel. Assim como o próprio império foi sendo corroído pelos pobres na sua base de sustentação a partir dos escravos e pequenos artesãos e comerciantes, embebidos na seiva (vinho) da grande novidade do cristianismo que igualava a todos em dignidade de filhos e filhas de Deus, alimentados com o pão da liberdade e da misericórdia, assim, seria com a Igreja pós conciliar.
O Espírito nos prega mais uma surpresa!
A mudança incide mais a partir da cabeça. O papa Francisco está fazendo uma verdadeira revolução destemida. e rápida. Como a querer recuperar o tempo perdido e alcançar o tempo dos homens e das mulheres, enfim o tempo da história humana onde a Igreja está inserida.
Mais que nunca a mudança precisa da base, pois da maneira piramidal como está estruturada, ao mexer da cabeça para desarrumar essa estrutura, quem está colocado logo abaixo, sob os pés, vai tentar impedir a todo custo a perda do poder, pois poder ninguém dá, pode se conquista. Nessa revolução está em jogo dois poderes: o poder de César que quer a pirâmide e o poder de Jesus que quer a planície.
Francisco precisa da organização da base e total apoio dela, pois sem isso o projeto seu (nosso) pode não sair das primeiras páginas da imprensa e acabar abafado pelas forças contrárias.
É hora de reorganizar as Comunidades eclesiais, de acordar os profetas, de banir os corrutos políticos que se locupletaram do discurso da boa nova evangélica para se alçar no poder (de César), de sacudir o pó secular das sacristias e caminhar, caminhar com Francisco e com Jesus.  

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