domingo, 29 de março de 2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
sábado, 21 de março de 2015
Maria e o dom de Falar em Línguas
Texto XXIII
Maria e o dom de Falar em Línguas
Durante e depois das guerras, especialmente no continente
africano, uma multidão de crianças mutiladas e famintas, silenciosas anseiam
por um mínimo de comida e água. Pessoas de várias entidades humanitárias
providenciam uma espécie de sopa e água potável. Famintas crianças. Pois bem,
observa-se que, quando há alguém oferecendo também um afago, um simples
carinho, elas antes de ir buscar a comida e a água, vão atrás do carinho.
A linguagem do amor é universal. O acolhimento carinhoso, a
comida e a água, são sacramentos universais de Cristo, independente de credos,
culturas ou lugares. O verdadeiro dom de falar em línguas é a linguagem do
amor: acolhimento fraterno que propicia a satisfação das necessidade básicas.
Falar em línguas é falar em gesto, linguagem gestual simples de cuidar,
universal.
Falar que Maria tem esse dom de se comunicar com todas as
pessoas de todos os tempos, e em todos lugares, através do acolhimento fraterno
dos cristãos inspirados por Ela, é desnecessário.
Gostaria porém, de registrar, uma curiosidade: nas aparições ela
sempre se comunica com pessoas simples, de linguajar simples e na língua
materna de cada uma delas. Amém!
Assuero Gomes
terça-feira, 17 de março de 2015
João Pubben, 50 anos de sacerdócio
Cinquenta tons de serviço fraterno, cristão e iluminado de Vicente
João Pubben, 50 anos de sacerdócio
A cada sete anos a terra deve descansar. Comer-se-á dos
frutos e das espigas não plantadas que da terra brotar livremente. O arado deve
permanecer quieto, os escravos e empregados devem descansar. Assim como deus repousou
ao sétimo dia, assim deve a Terra descansar e tudo o que nela há. Será um ano
sabático, dedicado ao repouso e à renovação.
A cada sete de sete anos, ou seja quarenta e nove, deve se
preparar o ano de jubileu. Toda dívida deve ser perdoada, todo escravo
libertado, toda terra e habitação penhorada deve ser devolvida ao seu antigo
dono, e na Terra se proclamará um ano do Senhor.
Cinquenta é pois um número de júbilo, de alegria, de
libertação, de dever cumprido. O coração do homem e da mulher deve bater
tranquilo.
Homens dedicados ao Senhor são escolhidos do meio do povo para o serviço sacerdotal, como na casa
de Aarão, da família de Levi, que terão como herança uma décima parte de tudo
que foi produzido. Ao sacerdócio de Cristo, a que todos nós batizados somos
incorporados, será acrescido o cêntuplo e dentre os batizados alguns serão
chamados a exercer esse ofício mais dedicados ainda, são os sacerdotes cristãos
segundo a ordem de Melquisedec, rei de salém que recebia seus tributos em pão e
vinho.
Quando um sacerdote comtempla cinquenta anos de serviço,
toda a comunidade cristã do mundo se rejubila e mais ainda as comunidades à
qual esse sacerdote serviu. Para ser sincero e viver com a verdade esse
sacerdote vive sua conversão a cada dia numa constante penitência pascal.
Acorda penitente e dorme no Tabor.
Há dentre esse, sacerdotes especiais, de Cristo Jesus, com
um carisma especial, de servir ao Cristo desfigurado pela miséria na periferia
do mundo. Diria que é um sacerdote em Cristo segundo a ordem de Vicente de
Paulo.
Seguir e cuidar de Cristo no Tabor é agradável e bom aos
olhos. Cuidar de Cristo comendo lixo, bêbado e vagabundo, drogado e prostituído
é difícil, muito difícil. Sem uma ajuda especial do Espírito de Deus seria
impossível.
Um sacerdote desses, está completando e contemplando 50 anos
de serviço aos pobres. Saído quase menino de uma aprazível cidade, foi separado
dos seus e formado no espírito e na mente para o sacerdócio cristão, mas no
coração foi tomado de uma paixão insana, dessas que só os apaixonados conseguem
ser, pelo duro e cru carisma de Vicente e sua companheira Luísa.
Durante sua vida serviu e serve dignamente ao Cristo desses
que Vicente gosta, sem pompa, nem ostentação, sem proveito próprio nenhum,
muito pelo contrário; e agora vive seu jubileu, talvez um pouco distante na sua
bela terra natal, talvez mergulhado em saudades, talvez, talvez...mas uma
certeza de missão cumprida, com pés no chão e mãos calejadas.
Não bastasse, Deus lhe deu duas Luísas, irmãs prefiguradas
também no serviço fraterno, Priscila e Vanda. Sei que nosso sacerdote, João
Pubben, eterno dom de Dois Unidos, Passarinho e Alto da Esperança, companheiro
de D. Helder Camara, está sempre presente aqui na nossa caminhada, embora
distante como Paulo de suas comunidades fundantes.
Ao completar 50 anos de serviço sacerdotal completamos
também nós, todos que temos a sorte de sua amizade, todos que temos a alegria
de servir.
Assuero Gomes
segunda-feira, 16 de março de 2015
Maria e o dom do Discernimento
Texto XXII
Maria e o dom do Discernimento
Perceber os acontecimentos na vida e procurar e achar neles
sinais de Deus e sinais que não são de Deus, saber discernir, esse é um dom
muito especial. Maria passou por terríveis situações às quais qualquer outra
mãe teria sucumbido ao desespero. Pequeno ainda, Jesus se desgarra do grupo
familiar e sem avisar vai ao templo conversar com os doutores (teólogos). Ao
tornar-se adulto, não namora nem procura uma moça para casar, depois sai com um
grupo de amigos não muito recomendáveis para uma mãe: ali havia cobrador de
impostos, zelota (uma espécie de ativista violento), pescador, desocupado e
ainda algumas mulheres de pouca respeitabilidade para os padrões da época.
Começou a pregar e realizar milagres e a falar mal do governo dos romanos e
especialmente dos judeus, seu povo. Judeus poderosos do templo e doutores da
lei.
Saber se isso provinha de Deus (só mesmo com o Espírito Santo
soprando o tempo todo). O seu menino, agora homem, ia acabar sendo morto por
apedrejamento (?). Não há coração de mãe que suporte tanta pressão.
Maria guardava e aguardava tudo em seu coração (intimidade). As
gerações lha chamariam de bem aventurada com um filho desses?
Assuero Gomes
domingo, 15 de março de 2015
Maria, profeta de Deus
Texto XXI
lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllll
Maria, profeta de Deus
O profeta fala por Deus. O povo reconhece e legitima sua
autoridade. O profeta só fala para o bem do povo. Admoesta, repreende, denuncia
e anuncia o caminho correto. Como os poderosos temem aos profetas e suas
palavras cortantes. Um profeta pode desestabilizar um governo, uma religião.
Dizer que Maria foi (e é) um dos profetas mais poderosos de Deus é lhe fazer
justiça. Ouçam a coragem dessa mulher:
“Minha alma glorifica ao Senhor,
e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador.
Porque olhou para a humilhação de sua serva.
Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.
Porque realizou em mim grandes coisas, aquele que é poderoso
e cujo nome é Santo.
E sua misericórdia se estende, de geração em geração,
sobre os que o temem.
Manifestou o poder do seu braço:
dispersou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos
e exaltou os humildes.
Saciou de bens os indigentes
e despediu de mãos vazias os ricos.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia;
Conforme prometera a nossos pais,
em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no princípio e agora é sempre,
pelos séculos dos séculos.”
e meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador.
Porque olhou para a humilhação de sua serva.
Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.
Porque realizou em mim grandes coisas, aquele que é poderoso
e cujo nome é Santo.
E sua misericórdia se estende, de geração em geração,
sobre os que o temem.
Manifestou o poder do seu braço:
dispersou os corações dos soberbos.
Derrubou do trono os poderosos
e exaltou os humildes.
Saciou de bens os indigentes
e despediu de mãos vazias os ricos.
Acolheu a Israel, seu servo,
lembrado da sua misericórdia;
Conforme prometera a nossos pais,
em favor de Abraão e sua posteridade, para sempre.
Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo,
como era no princípio e agora é sempre,
pelos séculos dos séculos.”
Assuero Gomes
sábado, 14 de março de 2015
Maria e o dom de realizar Milagre
Texto XX
Maria e o dom de realizar Milagre
Bastaria lermos o evangelho de João, na narrativa das Bodas de
Caná e não precisaríamos mais refletir sobre esse dom do espírito que é pleno
em Maria. Faltando vinho no meio da festa e ainda não tendo Jesus iniciado sua
vida pública, Maria intercede pelos noivos e Jesus, mesmo aparentando má
vontade, cede ao pedido da Mãe. Não foi para curar ninguém, nem para
ressuscitar ninguém, nem para converter ninguém, nem era mesmo para acontecer
ainda, mas simplesmente pelo fato do pedido de Maria e para a alegria dos
homens e mulheres (humanidade), Jesus transforma água em vinho. Poço em fonte.
Letra em Palavra. Tristeza em alegria.
O poder de fazer milagre de Maria é muito interessante. É a
pessoa humana que mais o faz, mas seu poder é um poder suplicante, por assim
dizer, para que nossos irmãos evangélicos não achem que estamos dando poderes
divinos a Maria. Há um ditado antigo na Igreja que diz: um simples olhar de
Maria vale mais que o pedido de mil anjos e santos. Disso não temos dúvida.
Assuero Gomes
quinta-feira, 12 de março de 2015
Maria e o dom da Cura
Texto XIX
Maria e o dom da Cura
Maria e o dom da Cura
As congregações e ordens que cuidam dos doentes são incontáveis
nesses dois mil anos, inspiradas pelo Evangelho de Jesus e por Maria. O ato de
cuidar já está bem explícito quando ela foi para a casa de Isabel sua prima. Há
um inconsciente coletivo universal dentro do cristianismo especialmente nas
igrejas católica e ortodoxa do poder de Maria (poder suplicante) proveniente do
Espírito Santo, que a associa com a cura. Nas aparições vários sinais são
relatados nesse sentido. Pessoas, aos milhares e milhares, como as estrelas do
céu, procuram sua proteção e algum consolo para suas enfermidades. Devemos
sempre lembrar que a doença sempre acomete um ser humano em três níveis: o
biológico, o psicológico e o espiritual. O equilíbrio dessa ‘trindade’ que habita
em nós é que nos dá a saúde. Todos os que procuram a intercessão de Maria, são
atendidos, como o são com uma mãe cuidadosa. Mesmo os que não ficam curados
totalmente, têm seu equilíbrio interno restaurado. Todos, todos mesmo, são no
mínimo consolados.
Assuero Gomes
quarta-feira, 11 de março de 2015
A Fé e Maria
Texto XVIII
A Fé e Maria
Assim como Abrahão é reconhecido como o pai da fé, pois através
dele as três religiões monoteístas procedem, a saber o Judaísmo, o Cristianismo
e o Islamismo; posso afirmar sem medo de errar que Maria percorreu os passos de
Abrahão no seu caminho de fé.
Abrahão foi desinstalado pelo Espírito de Deus, de sua cidade
(que era muito adiantada na época, possuindo até sistema de abastecimento de
água nas casas de até três andares) e não era pobre, haja vista os bens que
carregou consigo. Tornou-se o arameu errante, acreditando nas promessas de Deus
de gerar uma grande nação com uma prole tão numerosa quanto as estrelas do céu
ou dos grãos de areia da praia. Sua trajetória é bem conhecida, e depois de
muita luta e de nada ver as promessas cumpridas, e tendo gerado um filho com
uma escrava (Ismael, pai dos povos do deserto, árabes) e estando sua esposa
Sarai de avançada idade, finalmente a promessa se realiza é-lhe dado um segundo
filho (Itzak, o sorriso de Deus, do qual descende todo o povo judeu). Abrahão
nunca esmoreceu na fé e acreditando contra tudo e contra todos, aceitou o
sacrifício do menino Isaac. Sua fé foi provada ao extremo de onde qualquer ser
humano pudesse aguentar.
A promessa a Maria é semelhante. Viu seu filho único crescendo
simplesmente no meio dos seus, sem maiores sinais maravilhosos, desobediente
como qualquer criança. Quando se tornou adulto juntou-se com pessoas não muito
recomendáveis, começou a agitar o povo, a pregar e mostrar sinais que o
colocaram na mira das autoridades. Ameaçado de prisão e morte, e nada de Deus
intervir para salvá-lo, nem mesmo fazer o mesmo gesto que fizera com o filho de
Abrahão Deus fez com o de Maria.
Não se vê nem se nota em nenhuma linha dos evangelhos, nem dos
Atos dos Apóstolos nem das cartas ou epístolas, nenhuma menção de desespero, de
dúvida ou sequer um pedido para Deus poupar seu filho, por parte de Maria.
Crucificado, morto e sepultado, Maria a seu lado. Firme e
serena.
Você sabe por que Jesus não apareceu depois de ressuscitado a
Maria?
Assuero Gomes
segunda-feira, 9 de março de 2015
Maria e o dom da Ciência
Texto XVII
Maria e o dom da Ciência
Maria estava tão intimamente ligada ao Pai que é presumível que
sentisse a vontade dEle mesmo sem sua expressa manifestação. Devemos lembrar
que cada pessoa da Trindade contém em si mesma as outras duas pessoas. O Pai
está no Filho e o Filho está no Pai e nos dois está o Espírito Santo e no
Espírito estão os dois. Quando, por exemplo, Jesus está no ventre de Maria, não
significa que a Trindade estaria ‘desfalcada’ com uma criança ainda não
nascida. Os três são um só e um é os três. Jesus é Deus, Deus é Jesus, o
Espírito Santo é Jesus e é Deus e assim são como um só. Quando Maria recebe o
Filho no seu ventre fecundado pelo Espírito de Deus, na verdade ela está dentro
de si com uma manifestação trinitária.
O dom da Ciência em Maria é completo, pois é como se ela já
conhecesse o ‘recôndito do Altíssimo’ de que nos fala o Salmo, a intimidade de
Deus, e este por sua vez conhece o ‘recôndito de Maria’ pois ali colocou seu
Filho único.
Assuero Gomes
domingo, 8 de março de 2015
Maria e o Espírito Santo
Texto XVI
Maria e o Espírito Santo
A única pessoa humana que foi agraciada com a totalidade
simultânea e perpétua dos dons do Espírito Santo foi Maria. O próprio Gabriel
assim o disse, mas vejamos.
Seguindo a ordem proposta por Paulo e aqui abordada, o dom da
Sabedoria lho foi derramado desde muito cedo, pois quando da visitação do
mensageiro (arcanjo) ela provavelmente teria em torno de 12 anos de idade. Não
se assombrou, não foi intempestiva, questionou de maneira suave, manteve um
diálogo adulto, aceitou sem impor condições mesmo sabendo do risco de morte a
que estava se submetendo, não se vangloriou, nem se ensoberbeceu, muito pelo
contrário, foi servir à sua prima Isabel, mãe de João.
Note-se a maneira muito suave e discreta como o Espírito Santo a
fecunda (cobre com sua sombra). Nas narrativas míticas da antiguidade, as
irrupções dos deuses nas mulheres humanas para fecundá-las são muitas vezes
brutais, orgíacas ou mesmo como atos sexuais um tanto quanto libidinosos.
Maria vai se mostrar plena do dom da Sabedoria durante toda a
sua vida na Terra, e Lucas vai nos mostrar sempre isso nas narrativas quando
diz: “e Maria guardava tudo em silêncio no seu coração”. Há uma maneira mais
magistral que um grego falar sobre a Sabedoria?
Assuero Gomes
sábado, 7 de março de 2015
Glossolalia, o dom de falar em línguas.
Texto XV
Glossolalia, o dom de falar em línguas.
Na narrativa de Lucas para o Pentecostes, quando o Espírito de
Deus foi soprado por sobre os membros da Igreja nascente, e que marcou de
maneira abrupta seu nascimento, houve várias manifestações desse Espírito, a
saber: vento, fogo (como línguas), coragem instantânea, ciência, sabedoria e
até inteligência especialmente para Pedro; mas um dom que marcou muito e marca
até hoje, foi a capacidade de falar em línguas. Os apóstolos falavam de maneira
ininteligível (parecia linguagem de bêbado, trôpega) e as pessoas,note bem
aqui, as pessoas as quais o Espírito dava o dom de entender, escutavam na sua
própria língua, como um multitradutor instantâneo.
Posteriormente esse dom de falar em línguas foi muito popular em
algumas comunidades e verteu-se numa nuance de se balbuciar sílabas desconexas
e repetitivas a fim de louvar a Deus. Paulo não gostava e dizia que esse dom só
tem valor quando há na mesma assembleia quem tenha o dom de traduzir o que
essas pessoas estão dizendo. Com o passar do tempo a organização mais ‘masculina’
da Igreja foi evitando e reprimindo essa manifestação ‘desorganizadora’. Na
década de 1970 e tendo como base as igrejas pentecostais e neopentecostais
americanas, surgiu dentro da Igreja católica o movimento de Renovação
Carismática, e com ele toda uma revalorização dessas manifestações do Espírito
Santo.
Assuero Gomes
sexta-feira, 6 de março de 2015
O Espírito derrama o dom do Discernimento
Texto XIV
O Espírito derrama o dom do Discernimento
Esse dom é como o bom senso: todo mundo acha que tem. Acha.
Especificamente o dom do Discernimento é propício para
percebermos a ação de Deus, através do Espírito, sobre as pessoas e sobre os
acontecimentos, nas nossas vidas, no dia a dia. Muito ligado ao dom da
Sabedoria e ao da Ciência, ele tem a nuance de iluminar a percepção da pessoa
humana. Seria como um filtro da verdade.
Imaginemos uma situação onde há turbulência (vida pessoal, vida
comunitária ou vida da nação) e conflitos e uma grande profusão misturada de
sinais, de palavras, de atos e gestos;nesses casos o discernimento é vital para
sabermos o que é de Deus, o que vem dele, separar o joio do trigo, evitar que
cometamos injustiças ao querermos podar o joio e sem querer ceifarmos o trigo
antes que amadureça. Discernir o fermento que azeda a massa do bom fermento. O
vinho do vinagre. O que na nossa instituição de fé é realmente poder de Deus
(serviço à comunidade) ou poder dominação. Na política: quais as promessas
viáveis e reais daquelas eleitoreiras, puras mentiras. O dom do Discernimento
desmascara o pai da mentira (Satanás) e revela suas tramas sórdidas.
Abençoado esse dom, e quão necessário nos dias de hoje, com
tanta ilusão impingida ao povo.
Somente uma pessoa na face da Terra recebeu todos os dons do
Espírito. Quem foi?
Assuero Gomes
quinta-feira, 5 de março de 2015
O dom da Profecia
Texto XIII
O dom da Profecia
Eita! Esse é um dom perigoso. Perigoso até demais.
Profetizar é falar em nome de Deus. E o pior: às vezes o sujeito
está quieto no seu canto, cuidando da sua vidinha e aí Deus resolve chamá-lo
para ser seu profeta! O camarada na maioria das vezes não está preparado e quer
recusar ao apelo de Deus. Coitado... sabe que vai se dar mal, pois todo profeta
acaba sendo perseguido, muitas vezes torturado e quase sempre morto. O cabra
quer correr da parada e aí Deus diz: “não tenha medo, pois Eu Estou (Javé)
contigo. Vou colocar uma espada na tua boca, um fogo no teu coração, uma flecha
na tua palavra. Agora tem o seguinte, fale o que Eu mandar falar, nem um jota a
mais, nem uma vírgula a menos. Não tenha medo. Se você não falar ou falar
diferente do que Eu lhe disser, você morre. Se o pecador pecar porque você não
lhe falou, o pecado dele cairá sobre você, e aí você morre. Não tenha medo dos
que podem lhe matar o corpo, mas daqueles que podem fazer você perder sua
alma”. E mais “Ai dos falsos. Daqueles que manipulam minha palavra para
defender os poderosos, vão morrer do mesmo jeito”.
O verdadeiro profetismo sempre fala em favor da justiça e dos
injustiçados; sempre contra o rei, seja presidente ou presidenta, ditador,
general, juiz iníquo, ou contra uma assembleia inteira.
O dom da profecia, dá a quem o está exercendo, uma coragem
altiva na frente dos poderosos desse mundo porém um temor de Deus muito forte,
pois esse dom deixa o profeta íntimo de Deus. Todo profeta é bem quisto pelo
povo e é logo reconhecido por este. Nas horas mais difíceis lembram sempre do
profeta, quando estão perdidos como ovelhas sem pastor, lembram sempre do
profeta. Os profetas são quase sempre amargurados e sombrios pois sentem no
coração e na alma a dor do povo e a aflição de Deus.
Ah, como estamos precisando de profetas!
Minha homenagem a Helder, um profeta que conheci de perto.
Assuero Gomes
quarta-feira, 4 de março de 2015
O dom de realizar Milagre
Texto XII
O dom de realizar Milagre
Esse dom é também muito ambicionado por pessoas e entidades
inescrupulosas. Milagre não seria alterar o curso natural de algum fato e
reverter de forma espetacular, inesperada, improvável, o desfecho do
acontecimento em prol de uma pessoa ou grupo. Milagre não tem nada a ver com
magia. Nem o Pai, nem o Filho nem o espírito Santo gostam de magia, pois magia
é a própria contradição da ação de Deus na natureza.
Quando as sagradas escrituras falam em milagres é muito mais um
acontecimento não comum que sinaliza uma outra realidade querida por Deus. Por
exemplo: diante de uma multidão de famintos alguém pudesse, a partir de um
pedaço de pão, fazer com que milagrosamente esse pão se transformasse em
sanduíches saborosos e desse para encher a barriga de todo mundo. Isso seria
magia, show, ação sobrenatural que tornaria o ator da ação um ídolo. O milagre
verdadeiro seria essa mesma pessoa diante da multidão de famintos arregimentar
amigos e conhecidos e conseguir que cada um colaborasse de maneira espontânea
para que se adquirisse alimento para aqueles famintos, e mais ainda, se
organizasse de tal maneira que se conseguisse trabalho para que não precisasse
mais passar fome. Isso é milagre. A força do Espírito age sempre em direção da
justiça, do soerguimento, da paz plena.
É um milagre se organizar comunidades onde a partilha fraterna
acabe para sempre a fome, a ignorância, a violência, a doença, o desemprego, o
desabrigo. Quando Jesus realiza um milagre é um sinal para o tipo de sociedade
(Reino) que Ele quer implantada na humanidade para todos e todas, uma ‘amostra’
de que a Vida plena é possível.
Assuero Gomes
terça-feira, 3 de março de 2015
O dom da Cura
Texto XI
O dom da Cura
Esse é um dom de tema muito delicado. Talvez o dom mais
ambicionado, foi motivo inclusive do surgimento da denominação ‘simonia’ que é
o ato de negociar o sagrado; termo este devido à tentativa de Simão, o mago,
querer comprar os dons do Espírito e ter o poder de impor as mãos para a
descida do Espírito Santo (Crisma) sobre as pessoas na Samaria.
O imenso número de charlatães que alegam ter esse dom da Cura,
especialmente no Brasil e nos demais países da América Latina, faz com que
olhemos com bastante prudência para aqueles que ‘exercem’ esse dom. Desde o
início, sabiamente a Igreja intuiu que o cuidado com os doentes (fundou os
primeiros hospitais, orfanatos e ambulatórios)à luz dos profissionais da saúde
e seus conhecimentos, era o melhor caminho para que esse dom se manifestasse a
partir do bem comum.
O que eu noto é que com o desenvolvimento do conhecimento
(Ciência) usado com discernimento (Sabedoria) e universalizado, o ‘dom’ da Cura
vem ampliando os anos de vida da humanidade, aliviando a dor, minorando o
sofrimento, e desenvolvendo cada vez mais medidas preventivas (higiene,
vacinas) e curativas (medicamentos). No tempo de Jesus a média de vida de um
homem era de aproximadamente 40 anos; hoje no mesmo lugar em Israel passa dos
80 com tranquilidade. As mulheres geralmente morriam de parto ou suas
complicações posteriores, e isso em Israel que tinha uma cultura de higiene e
saúde pública muito avançada para a época, herdada desde Moisés.
Mesmo com essa visão mais ‘racional’, afirmo que há
manifestações do dom da Cura de maneira inesperada e inexplicável; lembremos
sempre que o Espírito sopra onde e quando quer.
Assuero Gomes
domingo, 1 de março de 2015
A Fé
Texto X
A Fé
Reconhecer Jesus como Filho de Deus que morreu livremente para
nos salvar é algo que escapa ao intelecto humano. Nem a sabedoria nem a Ciência
poderia nos relevar tamanho mistério. Paulo chega a dizer que para os gregos é
loucura (antítese da Sabedoria) e para os judeus é escândalo (antítese da
religiosidade). Esse é um dom precioso e é derramado copiosamente sobre muitos
e muitos. De cada quatro habitantes da Terra pelo menos um recebeu esse dom. Os
pobres são privilegiados e isso é várias vezes ressaltado pelo próprio Filho
quando bendize ao Pai por ter escondido essa verdade dos sábios e doutos desse
mundo e revelado aos pequeninos.
A fé em Jesus leva sempre ao comprometimento com a comunidade e
com os necessitados. Primeiro há uma revelação interior em diferentes graus
dependendo da pessoa e da circunstância, mas quem primeiro procura é Jesus e se
a pessoa está receptiva, o Espírito então a invade (no bom sentido), pois outra
característica da ação do Pneuma é o total respeito à vontade humana. Algumas
conversões são quase que ‘violentas’, ‘intempestivas’ como a do próprio Paulo,
mas na sua imensa maioria é silenciosa e serena, suave e sutil.
A Fé também vem acompanhada da sabedoria e da ciência que vão se
manifestando progressivamente. Duvidem sempre dos que professam a fé de maneira
agressiva, insidiosa, dominadora e exclusivista. Observem sempre as obras
emanadas dessa fé, isso é um caminho seguro para termos certeza que é inspirada
no Espírito de Deus.
Assuero Gomes
Assinar:
Postagens (Atom)