Texto XV
Glossolalia, o dom de falar em línguas.
Na narrativa de Lucas para o Pentecostes, quando o Espírito de
Deus foi soprado por sobre os membros da Igreja nascente, e que marcou de
maneira abrupta seu nascimento, houve várias manifestações desse Espírito, a
saber: vento, fogo (como línguas), coragem instantânea, ciência, sabedoria e
até inteligência especialmente para Pedro; mas um dom que marcou muito e marca
até hoje, foi a capacidade de falar em línguas. Os apóstolos falavam de maneira
ininteligível (parecia linguagem de bêbado, trôpega) e as pessoas,note bem
aqui, as pessoas as quais o Espírito dava o dom de entender, escutavam na sua
própria língua, como um multitradutor instantâneo.
Posteriormente esse dom de falar em línguas foi muito popular em
algumas comunidades e verteu-se numa nuance de se balbuciar sílabas desconexas
e repetitivas a fim de louvar a Deus. Paulo não gostava e dizia que esse dom só
tem valor quando há na mesma assembleia quem tenha o dom de traduzir o que
essas pessoas estão dizendo. Com o passar do tempo a organização mais ‘masculina’
da Igreja foi evitando e reprimindo essa manifestação ‘desorganizadora’. Na
década de 1970 e tendo como base as igrejas pentecostais e neopentecostais
americanas, surgiu dentro da Igreja católica o movimento de Renovação
Carismática, e com ele toda uma revalorização dessas manifestações do Espírito
Santo.
Assuero Gomes
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