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terça-feira, 30 de maio de 2017

Macunaíma se encontra com o delegado



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Macunaíma se encontra com o delegado



E estando na rede descansando e tomando canja de galinha com água fresca, foi surpreendido com a presença de dois araques de polícia.
Levaram-no imediatamente à presença do delegado.
Macunaíma reclamava e queria ver os documentos para seu encaminhamento coercitivo para a delegacia (naquele tempo não havia muito bem direitos humanos). O diálogo com o delegado, segundo testemunha de um dos araques foi o seguinte:
- O que você veio fazer pelas bandas daqui, seu preguiçoso?
-Nada doutor, vim atrás de meu amuleto...
-Amuleto porra nenhuma, vagabundo aqui não fica não.
-Estou procurando trabalho. Soube que tem uma vaga na siderúrgica...
-Você tem dois dias para arranjar esse emprego, senão boto você no xadrez e mando de volta para os Parintintins...
-Sim senhor doutor. O que o senhor quiser eu faço.


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Segundo relato de Macunaíma, tempos depois quando já estava louro foi assim que sucedeu-se:

-O que veio fazer pelas bandas daqui, seu preguiçoso?
- Me trate direito, pois direitos eu tenho. Sou cidadão e exijo respeito. Sua autoridade não me amedronta.
-Trabalha aonde?
-Vou me empregar na siderúrgica.
-Você tem dois dias para arranjar esse emprego.
- Você não tem autoridade sobre os trabalhadores desse país.

Não sabemos ao certo como se passou, o que se sabe é que se tornaram grandes amigos, e que a tudo Macunaíma servia ao delegado.

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