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domingo, 25 de junho de 2017

Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 3


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Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife


Pe. Osvaldo era pároco de Boa Viagem. Naquela época só havia a igrejinha da Pracinha (N.Sa.da Boa Viagem) no terminal. Ele era tipicamente o vigário paroquial naquele modelo clássico de S. João Maria Vianney, o Cura d'Ars. Tranquilo, dedicado ao extremo ao seu ofício, escreveu dois livros sobre matrimônio, gostava de tocar piano, deixava os leigos participarem bem das celebrações eucarísticas (numa dessas foi onde fiz minha primeira homilia), estimulava o grupo de jovens e mantinha pastorais sociais e catequese.
Comecei a participar mais da vida paroquial, e confesso que por muitas vezes, e ainda hoje, ainda sinto falta dessa prática. Essa participação mais efetiva e afetiva começou no ano de 1974. Muitas vezes assistia missa durante a semana no Espinheiro (quando comecei a perceber e admirar a profundidade do pensamento e da prática de Pe. Arnaldo Cabral).
Em Boa Viagem participei do curso de batismo, tive os primeiros contatos com o Movimento de Renovação Carismático, Oficina de Orações e iniciei também de maneira incipiente atividade na pastoral social na comunidade Padre Giordano.
A relação com a Igreja era harmoniosa. O ano de 1980 foi marcante para mim: casei, conclui o curso de medicina, o papa João Paulo II veio aqui em Recife e D. Helder era nosso arcebispo. Eu estava presente no 'aterro' Joana Bezerra onde o saudou a multidão, nunca vi tanta gente, eu numa ambulância com outro médico e um enfermeiro e o motorista para eventual socorro.
Nessa época também eu trabalhava em Dois Unidos, no posto de saúde do bairro e já ouvia falar do Pe. João Pubben.
Pe. Osvaldo começava a construir a igreja nova de Boa Viagem (hoje N.Sa. de Fátima) com uma grande motivação dos paroquianos. O terreno, que era destinado a uma praça, totalmente alagado, onde havia até camarão para se pescar, nunca foi usado para esse fim, foi então trocado com a prefeitura pelo terreno da Pracinha. Lembro de cada coluna, cada banco, cada dedicação para a ereção dessa igreja.
Bons tempos aqueles, como uma brisa, nem mesmo prenunciavam tempestade. 



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