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sábado, 10 de junho de 2017

O fim de Macunaíma



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(imagens do Google e livre adaptação da obra de Mário de Andrade)


O fim de Macunaíma



Macunaíma teve um fim obscuro. Ele e os seus conseguiram internacionalizar o crime em vários continentes, especialmente na América do Sul, do Norte e África. Famoso, uma fortuna escondida, prestígio.
Os de seu partido, que ao final eram meia dúzia, escreveram que ele desanimado por ter perdido seu talismã, voltou para sua tribo onde se tornou uma estrela no firmamento da Ursa Maior.
A verdade verdadeira é bem outra. Passou o final da vida preso e esquecido. Já doente e decrépito recebeu um indulto de idoso e praticamente passou despercebido rumo ao Uraricoera e quando vê sua maloca destruída junto com toda tribo, uma sombra leprosa devora seus irmãos. Nosso herói fica só e vai beber num botequim sua velha cachaça. Não tendo dinheiro nem amigos para comprar um tira-gosto mata o papagaio, a única ave que ficou com ele, e o comeu assado. Penhorou seu talismã de sapo com a forma de um falo. O fedor do cadáver, lá no começo de sua carreira, nunca o abandonou. O nome da bodega era Urso Maior, daí a lenda que se formou ao redor dele. Não se sabe onde está seu corpo enterrado, deve ter virado uma Uiara ou um boto vermelho.




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