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quarta-feira, 5 de julho de 2017

10 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 10

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10 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife  10



Ainda sobre Pe. Osvaldo Machado de Boa Viagem, foi ele quem celebrou meu casamento na Igreja de N. Sa. da Saúde no Poço da Panela, Casa Forte, com direito à comunhão e toda reflexão e seriedade que o momento pedia. Foi ele quem também batizou meus três filhos na Igreja de N. Sa. da Boa Viagem na Pracinha. Lembro que os padrinhos foram santos de minha predileção e devoção: do primeiro S. Francisco e Sta. Clara, do segundo Nossa Senhora e S. José e da terceira Sta. Tereza de Ávila e S. João da Cruz. Diante da estranheza do pedido, ele disse que ia consultar os cânones da Igreja e tendo feito isso aceitou os padrinhos e madrinhas. Devo registrar que estes jamais me falharam nem decepcionaram e até hoje cuidam muito bem dos afilhados.
Grande padre paroquial, Pe. Osvaldo !
Voltando às minhas atividades eclesiais lembro que cresci muito em aprendizado através de Pe. Arnaldo com nossos colóquios sobre Igreja, sacramentos, fé, liturgia, história da igreja de Olinda e Recife e do Nordeste, o seminário de Olinda, a paróquia do Espinheiro, o Cursilho, sua história pessoal. Senti muita pena das pessoas que não se aproximaram dele nem tiveram essa oportunidade.
De uma primeira impressão não empática surgiu uma admiração (creio que era recíproca) de pai para filho e de filho para pai, aluno e mestre, ovelha e pastor. Uma pessoa alegre, irônica, inteligentíssima. 
Sinto pena de quanta riqueza foi perdida por não escrevermos as belíssimas e profundas homilias (quem prega geralmente não gosta de escrever) sempre espontâneas. Algumas vezes preparava um rápido rascunho com ideias e me mostrava e na hora da pregação nada daquilo usava, a verve vinha límpida e eloquente, eu lhe perguntava por que não havia pregado o que escrevera e eu já sabia a resposta: o Espírito sopra e na fraqueza do pregador Ele comunica a Palavra de Deus.
Aprendi muito nos anos do curso de teologia para leigos que fiz na Unicap. Pessoas que ainda hoje fazem parte de minha lembrança, do meu convívio e de minha admiração. Citar sempre nos empurra ao perigo da injustiça, mas ouso citar alguns nomes. Inácio Strieder, Degislando, João Luiz, Gilbraz, Hans, Jacques Trudel (pároco da Mustardinha, muito bom em liturgia, canadense inculturado no Nordeste brasileiro), Artur Peregrino.
A vida eclesial dilatada, expandida, pulsava e pulsava, desde as paróquias aos grupos de Bíblia, aos movimentos, aos encontros, às catequeses, às políticas, às ideologias. Uma fome e um apetite voraz pela Palavra de Deus. O Espírito soprava com força e desarrumava as certezas.









  

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