Visitantes

quarta-feira, 19 de julho de 2017

23 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 23


23


Resultado de imagem para igreja catolica de afogados da ingazeira

(matriz de Afogados da Ingazeira, terra de D. Francisco Austregésilo)


23 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 23



A Paróquia de Peixinhos preparou uma manifestação em forma de celebração em protesto pela expulsão de seus dois párocos padres Antonio e Denis. Fui contactado por um grupo de lá, cuja paroquiana foi difamada por ficar ao lado dos padres e contra a atitude da arquidiocese.
O modus operandi de D. Cardoso era o seguinte: recebia denúncia de um ou dois paroquianos insatisfeitos com o pároco, se este fosse contra as atitudes de D. José ele ouvia as fofocas e expulsava o padre, que geralmente não tinha o título de vigário colado, como eu já expliquei anteriormente, então ele simplesmente o devolvia à diocese original (onde era incardinado) ou se religioso comunicava ao superior da ordem e este o removia. A comunidade por sua vez, geralmente pessoas muito humildes, fazia um protesto durante a missa, no máximo, e como não tinha acesso aos meio de comunicação, ficava por isso mesmo e o novo administrador paroquial indicado pelo arcebispo, proibia aqueles leigos que reclamaram e se manifestaram de exercer atividades na paróquia (uma espécie de expulsão).
Quando entraram em contato comigo fui entrevistar o pessoal e noticiamos no Jornal Igreja Nova e participei da celebração, muito bonita por sinal, onde no ofertório vasos de barro foram quebrados em simbolismo pela quebra da comunhão.
O único olhar de D. José se voltava para todos que não partilhavam de seus desmandos administrativos. 
Em Apipucos havia a comunidade dos padres Lazaristas (Congregação da Missão) que ali trabalhavam no carisma de S. Vicente em estreita comunhão com os pobre e com D. Helder, sua sede provincial era em Fortaleza e seu seminário também, onde D. Helder fez sua formação, pois bem, D. José os expulsou (todos menos um) de uma vez de volta à Fortaleza. Havia um que não morava na comunidade, mas em Dois Unidos, Pe. João Pubben o qual já citei, que não havia conhecido até então. Ele era capelão de Dois Unidos e auxiliar direto do Dom, celebrando sempre com ele. Resolveu resistir e não saiu de Recife, continuou em Dois Unidos, em represália D. Cardoso não renovou sua provisão de ordem nem registrava no livro dos padres e religiosos da Arquidiocese sua existência ( o que era muito bom, não ser reconhecido por ele ). Também fui chamado pelos padres e os entrevistei e denunciei através do Igreja Nova.
Pe, Felipe Mallet, o de Brasília Teimosa, francês, resolveu inadvertidamente gozar seu ano sabático, que é um ano a cada dez, que os sacerdotes tem o direito (bíblico) de gozar, para descansar e se reciclar na vida espiritual e nos estudos. Pois, quando Felipe voltou, D. José não o aceitou mais aqui. Quando cheguei nesse dia  para trabalhar em Brasília Teimosa, estava a maior confusão com a Igreja fechada, televisão e o povo na porta (parecia que as confusões da Igreja me procuravam, e sempre me achavam). Dei entrevista na televisão denunciando tudo e depois fizemos reportagem no jornal e denunciamos no Igreja Nova. Pe. Felipe ficou celebrando com Pe. Arnaldo no Espinheiro e D. José nunca foi homem de dizer nada com Arnaldo (dois cabras machos que havia nessa nessa Igreja, um era Pe. Arnaldo o outro era D. Francisco Austregésilo).
A despedida de Luiz Antônio de Boa Viagem se preparava com muita tensão e tristeza. No próximo eu falo sobre ela.



Nenhum comentário:

Postar um comentário