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quinta-feira, 20 de julho de 2017

24 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 24




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24 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 24




Estava acabando de escrever meu primeiro livro, Partindo de Emaús.
Nosso programa de rádio era trabalhoso e requeria muita paciência pois os meios eram precários. Nos reuníamos na casa de um do grupo, fazíamos um pequeno roteiro que consistia na leitura do Evangelho do domingo seguinte (Romildo era sempre escolhido por sua voz), música (gravada), salmo e uma discussão partilhada do texto do evangelho. Fizemos uma vinheta de abertura e de fechamento, tudo isso ao redor da mesa com um gravador tipo cassete. Terminada a gravação eu me encarregava de levar no domingo bem cedo para uma rádio comunitária de Camaragibe, chamada Rádio Comunitária Camará onde nossa gravação era passada. às vezes Fernandinho ia comigo ou o próprio Romildo. deixávamos o Jornal Igreja Nova para ser distribuído (ainda conseguimos fazer uns dez programas, creio eu).
Tentamos fazer o programa na Rádio Capibaribe, mas era evidente que não conseguiríamos.
A despedida do Pe. Luiz da paróquia de Boa Viagem estava sendo preparada. Chegada a noite desse fatídico dia uma multidão encheu a igreja nova. Vários padres foram solidários. Os leigos e os diversos movimentos entravam em procissão e davam seu testemunho. Muita emoção. Foi filmado e depois colhido algumas palavras dos participantes. creio que algo em torno de vinte sacerdotes estiveram participando, noite a dentro.
Eu havia pintado um quadro que representava o Espírito Santo e seus dons, e também um painel grande que retratava o encontro de duas procissões antagônicas: a liderada por Maria com pessoas pobres, padres, leigos, sertanejos, negros e índios e a outra por um banqueiro e pessoas ricas com cartola e joias. Registro uma imagem belíssima do crucificado em uma única peça rústica feita por um mestre artesão de São Luís no Maranhão (depois com o novo administrador paroquial desapareceu).
Pe. Luiz foi para a arquidiocese da Paraíba recebido por D. Zumbi (José Maria Pires) e ficou inicialmente na comunidade da cidadezinha de Gurien, permanecendo incardinado em São Paulo. Continuou (posso dizer que ainda continua) nos ajudando na formação e é uma grande liderança na Igreja.
Registro hoje o falecimento de Padre Edwaldo de Casa Forte, sempre esteve ao nosso lado e colaborou como pode com essa Igreja e os ideais de D. Helder. Hoje se juntou com Pe. Arnaldo (que foi seu professor e diretor espiritual), com D. Helder, com D. Lamartine, D. Francisco Austregésilo, Pe. Osvaldo Machado e tantos outros, na Jerusalém definitiva.

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