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sexta-feira, 21 de julho de 2017

25 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 25





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25 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 25


Continuando na lembrança de Pe. Edwaldo Gomes de Casa Forte é bom resgatar que ele sempre apoiou o Grupo Igreja Nova. Muitas vezes fui à casa paroquial onde residia, à noite, onde comentávamos os acontecimentos relativos à Arquidiocese, nos encontrávamos também com outros padres e pessoas da resistência. Lembro de alguns aniversários de Pe. Arnaldo onde ele reunia todo o pessoal daquele tempo do seminário, na sua casa, especialmente no salão paroquial, que servia para muitas finalidades, como reuniões pastorais, encontro do Rotary, reuniões para campanhas de arrecadação, vivia sempre cheio. Eu e outros dizíamos que ele era o Bispo de Casa Forte, cheguei até a publicar um artigo no Jornal do Commercio na página de religião.
D. José aparentemente não podia alcançá-lo porque ele era vigário irremovível segundo o direito canônico, e apenas poderia acontecer se ele fizesse um delito muito grave que responderia um processo no tribunal canônico. Pois bem, transcrevo de um jornal da época:

Pároco ficará três meses longe da igreja de Casa Forte
Pároco de Casa Forte há 36 anos, padre Edwaldo Gomes foi punido duplamente. Teve que se retratar no boletim da Arquidiocese de Olinda e Recife, A Mensagem Católica, e terá que se afastar da paróquia por três meses. O sacerdote dedicará esse tempo a um retiro espiritual. A punição foi dada pela Congregação para a Doutrina da Fé, a mesma que nos anos 80 condenou ao silêncio o frei Leonardo Boff por defender pontos de vistas teológicos contrários ao que pensava a Cúria Romana. A punição a padre Edwaldo veio por um motivo diferente. Em dezembro do ano passado, ao comemorar 50 anos de sacerdócio, ele concelebrou a missa com bispos anglicanos, o que é proibido pelo Código de Direito Canônico, que dita as regras da Igreja Católica.
A punição de Casa Forte não é a única vivida hoje na Arquidiocese de Olinda e Recife. 

A celebração a que se refere o artigo e a punição foi ao ar livre (missa campal) em frente à Matriz de Casa Forte, eu estava junto, e estavam no palanque armado para a celebração, vários padres, bispos de nossa Igreja católica e um bispo e um ou dois  pastores anglicanos, que comungaram. Bastou isso. A arquidiocese abriu um processo e foi levado à nunciatura, julgado,devo registrar a atuação de padre Caetano da Igreja da rua do Lima que é mestre em direito na defesa de Padre Edwaldo. A punição seria maior, mas se conseguiu apenas um retiro pró forma e uma retratação. Esse fato é mais um ato de orgulho na vida de Pe. Edwaldo, que certamente entrou no céu com a joia na coroa de ter sido perseguido injustamente.





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