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domingo, 27 de agosto de 2017

52 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 52

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52 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 52



Cheguei na reunião do Igreja Nova onde iríamos finalizar e ajustar o início do restaurante para os pobres. Fui com Mírcia minha esposa. Lá estavam presentes Edelomar, Elizabete, Rejane, Sérgio, Antonio Carlos, Clarinda, Strieder, Normândia, Waldemir, Rosilda, Zezé, Adérito e Elzi.
Comecei falando e explicando que estava tudo encaminhado, que amanhã assinaríamos o contrato de aluguel com os Salesianos, que os funcionários já estavam contatados, e tudo mais.
Silêncio geral.
Um silêncio mais frio que o do ar condicionado.
Depois de alguns minutos um começou dizendo que era difícil, assumir empregado, e se não desse certo pagar as leis trabalhistas, outro filosofou 'isso vai desacostumar os pobres a cozinhar em casa, eles já recebem o vale gás', 'os ricos vão comer lá também', 'vão pegar as quentinhas e levar para vender'.... outra disse 'eu não assumo nenhum compromisso desse negócio, não vou para a cozinha, não tenho tempo', e assim por diante. Não colocar o nome do Igreja Nova.
O chão foi se abrindo sob meus pés.
Ainda disse 'mas amanhã vou assinar o contrato...'
O único que disse que podia colocar o nome dele no projeto foi Edelomar. O único apoio que o projeto recebeu por parte do grupo naquele momento, além do da minha esposa.
No cúmulo da insensibilidade, para fechar com chave de esquecimento, uma virou para mim e disse 'escreva logo dois editoriais do Igreja Nova'.
Quem disse que as coisas de Deus são fáceis? E no mundo de Vicente são mais difíceis ainda...






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