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59 Minhas memórias da Igreja de Olinda e Recife 59
Escrevi estes livros “Partindo de Emaús” (1993),
“Réquiem para um
Bispo ” (1997), “O Profeta
e a Serpente ” (1998) e “O Farol
de Solidão ” (2001), :“As Sombras do Mosteiro ”
(2009). Todas as histórias de uma maneira ou de outra ligadas à vivência da fé e na Igreja.
Após o encerramento do restaurante e o jornal O Dom da Partilha e passado algum tempo, combinei com Pe. João Pubben retornarmos a um antigo sonho que era o de formar um grupo de reflexão nos moldes do antigo Igreja Nova numa zona mais central de Recife.
Inicialmente nos reunimos no Sindicato dos Médicos no seu auditório. A proposta era refletir sobre as escrituras, atualizar nossa vivência de fé e celebrar o encontro. Com a volta de Pe. João para a Holanda, fomos falar com Marcelo Barros, lá onde ele se hospedava em Aldeia. Ele gostou muito da ideia, o que inclusive há muitos anos atrás ele tinha proposto ao grupo Igreja Nova.
Passamos a nos reunir no terraço interno das Fronteiras, chão de D. Helder. Nesse tempo a questão política partidária estava no auge, com uma tensão muito grande entre os partidários do PT e os que não eram. Fomos conversando e lembramos que a proposta na criação do grupo era de não envolver política partidária, pois isso irremediavelmente levaria a contendas e a uma cisão.
A maioria optou para que o Grupo da Partilha se tornasse um grupo de reflexão política com ideologia petista. A maioria vence. Resolvi me afastar, com tristeza.
Fico hoje apenas como uma espécie de ostiário não oficial na igreja das Fronteiras na missa dos domingos às 11 horas, como o Dom sempre costumava celebrar.Algumas vezes o Movimento dos Cursilhos me convidam para uma reflexão. Participo de um grupo de estudos com João Luiz na Unicap, que está refletindo a poética do Dom.
Talvez esteja vivendo o meu momento de Paulo, em Roma.
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