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sábado, 30 de dezembro de 2017

Udaipur e a suástica


Udaipu e a suástica



Quando a gente pensa que a Índia não vai mais nos surpreender, estejamos certos que é um engano nosso.
Udaipur me fez achar Veneza junto ao deserto do Rajastão. Fez-me encontrar várias suásticas em vários lugares.





Recomeço com o último por do sol da postagem anterior



O lago Pichola.









Conhecida com a Veneza do Oriente e também como a cidade dos lagos.



O lago Pichola é artificial e foi criado em 1362 por Banjara, membro de uma tribo cigana. Mais tarde, o Maharana Udai Singh II, deslumbrado com a beleza do lago, decidiu fundar Udaipur nas suas margens.








Veneza e Udaipur se parecem mesmo....








Isso me surpreendeu, as suásticas (é assim mesmo que se chama por aqui). É evidente que o famigerado nazismo e seu infame líder se apropriou desse símbolo sagrado, antiquíssimo, que representa a onipresença do deus Brahma. 






Símbolo do Deus Sol



Notem a beleza desse pórtico tipicamente indiano.




Pequeno santuário de Ganesha






Detalhe de Krishna "o todo atraente" deus do amor e suas incontáveis mulheres.




Pintura do Marajá em seu cavalo


sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O templo de RANAKPUR e o maravilhoso mundo do Jainismo



O templo de RANAKPUR e o maravilhoso 

mundo do Jainismo








Parte externa do Templo de Ranakpur, dos jainistas







Entrada principal



Os templos jainistas não são somente locais de veneração e peregrinação para os que praticam o Jainismo, são também atrações turísticas por causa de sua arquitetura esplendorosa, que visa a perfeição. O Templo Ranakpur, um dos mais belos, fica na vila de Hastinapura, no distrito de Pali Rajasthan, na Índia.
O Templo ocupa uma área de 60 por 62 metros e ergue-se majestosamente na encosta de uma colina. Os templos jainistas são construídos com diferentes concepções arquitetônicas, no entanto, todos eles têm muitos pilares de mármore lindamente esculpidos. O Templo Ranakpur tem 1.444 pilares de sustentação esculpidos no mármore com esmero de detalhes, verdadeiras obras de arte, e são todos diferentes, não há dois pilares igualmente esculpidos. Todas as estátuas do Templo estão de frente uma para outra. (Google)





Reforço, todas as colunas são diferentes, no entanto formam uma harmonia incrível







Construído durante os séculos XIV e XV, durante três gerações. Feito todo em mármore, tem quatro entradas, cada uma voltada para um dos quatro pontos cardeais, 144 mini-torres e 1.444 colunas.







Um dos lugares mais bonitos do mundo






Os hindus consideram que o Janaísmo é a religião mais antiga do mundo. Não há necessidade de personificar Deus, assim como no Budismo. Há quem considere o Janaísmo uma derivação do hinduísmo e contemporânea ao budismo.





Há na Índia em torno de 4 milhões de crentes. Não fazem proselitismo. Praticamente são restritos ao território hindu.





Respeitam tanto a vida que são veganos (nem leite tomam), não se alimentam de nada de origem animal, nenhum animal eles matam (insetos inclusive), e até varrer o chão, o fazem com a boca  coberta para que não aspirem nenhum organismo vivo.






Conservação excelente





Vejam os detalhes entalhados no mármore










Os jainas reconhecem que pessoas, animais, plantas, formações rochosas, cursos de água e quedas de água têm jiva, ou seja alma ou princípio vital. Todos estes seres têm igual valor e estão interligados na teia de existência por elos kármicos. (Google)























De acordo com os jainas, a sua religião é eterna, tendo sido a doutrina revelada ao longo de várias eras pelos Tirthankaras, palavra que significa "fazedores de vau", ou seja, alguém que ensinou o caminho. Os Tirthankaras foram almas nascidas como seres humanos que alcançaram a libertação (moksha) do ciclo dos renascimentos através da renúncia e que transmitiram os seus ensinamentos aos homens. Na presente era existiram 24 Tirthankaras. O último desses Tirthankaras foi o Mahavira, que os jainas não consideram como o fundador do jainismo, mas antes aquele que lhe deu a sua forma actual. O 23.º Tirthankara foi Parshva, que os historiadores consideram ter sido provavelmente uma figura histórica que viveu cerca de três séculos antes do Mahavira. Os jainas acreditam que Parshva pregou os 4 grandes princípios do jainismo, a saber: não-violência (ahimsa), evitar a mentira, não se apropriar do que não foi dado e não se apegar às posses materiais; o Mahavira acrescentou o princípio da castidade. (Google)







É interessante que esses 24 profetas são representados nus, em estátuas sagradas.



Um 'frequentador' assíduo do templo. Ele fica parado sem se incomodar conosco nem outros visitantes.






Notem certa curvatura em algumas colunas





Um dos elefantes esculpidos numa única pedra de mármore









Gandhi ao final da vida praticava muitos dos ensinamentos do Jainismo





Várias estátuas dos mestres










Não-absolutismo (anekantavada)


Ninguém é dono da verdade, nem tem poder de conhecer totalmente ela de maneira especial.



Não violência (ahimsa)


Jamais usar a violência, nem para reagir a um ataque.




Não-posse (aparigraha)


Não possuir nada, nem a roupa que usa.















Belo trabalho com a representação de Mahavira








O sol, à tarde


A Índia tem 22 línguas oficiais, 164 idiomas e perto de 1576 dialetos locais. O inglês é falado em todo os país e o Hindi é a língua oficial da República da Índia.