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domingo, 10 de dezembro de 2017

Forte Vermelho de Agra




Forte de Agra

Agra não é só o Taj Mahal. Depois de ver o Taj Mahal pensei que nada mais havia de bonito e interessante naquela região e naquela cidade.
Uma pequena cidade, pobre, empoeirada, que parecia precisar de água devido o clima, mas a excursão nos levou a outra maravilha: o Forte Vermelho de Agra, ou Lal Qila a apenas dois kilometros e meio do Taj Mahal e foi justamente lá onde o imperador Shah Jahan foi preso nos últimos anos de sua vida pelo seu filho, e de lá, onde ele mirava todos os dias o Taj Mahal, última morada de sua amada.














Construído todo em arenito róseo, a pedra mais comum da região.







Imensa fortaleza em cujo interior há palácios, mesquitas, quartéis, e totalmente rodeada por um enorme fosso, como os castelos europeus medievais.






A mais importante e maior fortificação do pais, tendo inclusive, sido usada com tal pelos ingleses durante seus 150 anos de dominação.






Monumental. O Forte de Agra foi construído às margens do rio Yamuna, o mesmo que passa por trás do Taj Mahal, em 1080, por Hindu Sikarwar Raiputs apenas como um singelo forte de tijolos. Mas, essa definitivamente não era uma época de paz e ele foi capturado. Muito tempo se passou, até que o primeiro sultão de Delhi - Sikander Lodi - resolveu se mudar de Delhi para Agra. Ele viveu no Forte de Agra, no final do século XV. Seu reinado foi importante. Ele governou o país e levou Agra ao posto de capital. Com sua morte, em 1517, seu filho assumiu o comando de Agra. Edificou mesquitas e fortes na cidade murada. Mas, foi morto nove anos depois numa batalha contra o povo mongol. O imperador mongol Humayun foi coroado no Forte de Agra, em 1530. Depois, foi a vez de outro imperador mongol assumir o comando. Akbar usou o Agra Forte como palácio residencial no final do século XVI. Mais tarde, novas modificações foram feitas pelo seu neto Shah Jahan. E, uma ala de alojamentos foi acrescentada pelos britânicos, ao norte.
(fonte Google)



Notem as entradas muito largas e altas para a passagem dos elefantes



Atualmente há elevadores para os visitantes mais idosos ou com a alguma dificuldade de locomoção, mas as rampas são suaves e eram por onde os elefantes e suas caravanas passavam.




Uma das entradas de Fatehpur Sikri. cidade construída para comemorar o nascimento do filho do imperador Akbar e depois abandonada pela seca na região.









Os detalhes em branco são feitos em mármore. Notem o símbolo da criação (dois triângulos entrelaçados formando uma estrela com um ponto no centro).



Detalhe parcial de um dos pátios internos. É uma cidadela fortificada.







Detalhes trabalhados no arenito róseo. 















O Taj Mahal visto do forte






Desta cela o imperador prisioneiro contemplava sua criação, o Taj Mahal

















Detalhes do mármore trabalhado.






Nos aposentos da princesa desenhos incrustados em ouro e pedras preciosas








Tudo isso no interior do Forte Agra







Mesmo mármore do Taj Mahal com incrustações de pedras preciosas e semipreciosas




















Aqui o imperador concedia as audiências privadas





Como falei em postagens anteriores, a família do imperador não podia sair do palácio para ir à cidade fazer compras, então a 'cidade' vinha até eles. Em determinado dia da semana os mercadores e vendedores se apresentavam nesse pátio com seus produtos (tapetes, ouro, joias, cavalos, tecidos finos, etc.) dessa varanda a família escolhia. Foi justamente neste local que Shah Jahan avistou a vendedora Arjumand Bano Begum,  e se apaixonou por ela, sendo sua segunda esposa, conselheira, companheira,  popularmente conhecida como Mumtaz Mahal (Ornamento "do Palácio"), a qual fez construir seu mausóleo, mais famoso do mundo.









Local onde o imperador concedia audiências públicas.






Nesta parte do Forte, noto talvez alguma influência da estética chinesa (?)








A minha Mumtaz Mahal 







Onde o imperador privadamente assistia danças com a bailarinas ao centro e ao redor com fontes iluminadas com tochas refletidas nos tapetes bordados com brilhantes.








O palco







A cama do imperador nos dias e noites de verão. Uma espécie de plataforma em pedra, suspensa, embaixo uma 'piscina'. Evidente que sobre a pedra havia almofadas e tapetes.






Piscina privada do imperador




Uma flor nossa conhecida em Recife, chamada de 'Crista de Galo'



Quarto com vista para o jardim, da princesa. Notem que não há portas. As entradas eram cobertas com tapetes específicos para cada época do ano conforme o clima. Todos os quartos e salas da família tinha também uma espécie de 'abanador' que ficava pendurado no teto e os serviçais balançando.





Trabalhado numa única pedra 


 Ainda: Vistas dos Jardins da princesa













Visitantes de várias etnias: hindus, muçulmanos, europeus, brasileiros







Não dá para não se lembrar de Ghandi







Thomás e Carol



Os excursionistas em pausa para o repouso









Sala de audiências privadas com diplomatas. Notem essa bela torre toda trabalhada em diversos temas internacionais da época. Muçulmano, persi, hindu, etc..
No centro.
Ligando no teto há passarelas onde podiam conversar sigilosamente.














Vista monumental de um dos planos


Até agora só vimos mais a parte da Índia com influência muçulmana.
A Índia foi formada a partir de vários reinos independentes, tem onze idiomas. O inglês é falado por todos. Tem várias religiões. A religião hindu tem 33.000 divindades e remonta a muitos e muitos séculos antes do judaísmo (nosso guia falou em torno de 25.000 anos).
Há o Budismo, o Islamismo, o Cristianismo, o Judaísmo,o Zoroastrismo, o Sikhismo, e o Jainismo (considerada a religião mais antiga da humanidade, pré-diluviana, e onde sua origem se perde através dos tempos), além de outras.
Uma viagem a Índia é um mergulho profundo na história, pena que pessoas menos informadas só se refiram a ela como um lugar pobre, miserável, sujo e supersticioso. Tolo engano.


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